7.3.05

Um Mundo Novo

A vida mudou muito. Lá em casa não se dá um passo sem tropeçar na presença do B. e é tão bom sentir a sua presença. De repente no carro um brinquedo que ficou esquecido trás à cara um sorriso e uma tranquilidade imensa porque ele existe e nos faz ser melhores. Melhores porque amamos, porque damos sem pedir. Porque, de um dia para o outro, a nossa alegria é feita de tantos pequenos passos. Coisas tão simples na vida que nunca antes poderíamos imaginar. Quem de nós poderia pensar que o dia estava ganho porque ele conseguiu finalmente fazer um cocó e, assim, ganhar a luta contra as cólicas. Ser mãe, ser pai é uma experiência fantástica. O B. trouxe para as nossas vidas uma nova tonalidade... até o estendal da roupa está mais bonito!
Enquanto dorme a sua expressão de tranquilidade profunda chega a assustar-me. Sei que o meu amor tem de ser capaz de lhe proporcionar todos os instrumento para que cresça para ser um bom homem. Não é de agora a consciência da responsabilidade... mas materializa-se a cada passo, em cada opção e isso não deixa de ser assustador. Mistura-se um sentimento de alegria, medo e esperança... deixamos de ser nós a geração do futuro para sermos os educadores de uma nova geração, construtores de um novo amanhã. Porque todos queremos um mundo melhor para os nossos filhos também agora temos de assumir a responsabilidade de que somos nós os primeiros a dar ao mundo, ou não, gente com valor e capacidade para o construir com base na justiça, caridade e esperança. É bom sentir que temos esta oportunidade e, por isso, trona-se ainda melhor esta maravilhosa experiência da maternidade/paternidade.
Os perigos são muitos: exteriores e interiores. Porque se é uma experiência fantástica para nós, pais e mães, ela não pode ser um projecto pessoal. Ser pai e mãe é primeiro que tudo uma fantástica experiência de altruísmo. Ninguém pode olhar para um filho e pensar que ele é seu e que ele vaio ao mundo para sua alegria pessoal. Apesar disso quando olho para o B. é claro que não deixo de fazer as minhas imagens do que seria um bom futuro para ele. É esta fronteira que torna as coisas complicadas. A minha felicidade como mãe vem desta luta entre aquilo que eu quero para o meu filho sabendo que ele merece que lhe dê a liberdade de fazer os seus projectos, ter os seus sonhos e deixar-se tocar pelo mundo que o envolve.
A minha felicidade está estampada nos sorrisos e gargalhados do B. a brincar com o pai... nesses momentos acredito que nada no mundo nos poderá atingir e é bom sentir o calor desses momentos. É bom sentir que ele é o nosso contributo para um mundo melhor e tenho fé de que será! Ele faz de nós pessoas melhores, individualmente e como casa. Entre mim e o meu marido sempre existiu este sentimento de que um filho seria a expressão máxima do nosso amor.

2 comentários:

RuRafael disse...

Márcia, adorei o teu novo mundo.
A verdade é que estes pequenos seres mudam completamente a nossa vida e os nossos hábitos. São lindos, e fazem-nos sentir muito orgulhosos.
Espero que nós, pais, conseguíamos assistir a muitas descobertas dos nossos “Mais que tudo”.
Beijocas
Rute

Anónimo disse...

Passei por aqui!! E vou voltar!

:)
Beijinho,
Xana

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