27.1.09

Sabes, eu já chego ás maminhas da minha mãe!

Di-lo com orgulho a qualquer pessoa e em qualquer lugar. Há dias foi no barbeiro. Está crescido, é verdade e chega-me mesmo ao peito sem ser preciso esticar-se. Lança disparates para o ar para ver quem os apanha e come desalmadamente. A mim impressiona-me tanto crescimento e cada vez mais lhe dou colo e mimos. Quando for grande vai ser jogador de futebol. À séria, mãe! Gosta de jogar playstation mas esquece-a num estantinho em troca de uns desenhos na janela da sala ou da cozinha. Há dias fizemos recortes de letras para enfeitar a garrafa de azeite e quando dei conta ele tinha as letras da palavra “sal”. Também poder ser não é mãe?! Depois, no folheto do supermercado: olha mãe aqui está escrito “bolachas”!

Tanto crescimento incomoda-me mais do que pensei. O pai está desejoso dos tpc mas eu não. Eu estou desejosa das conversas. A partilha. Hoje no carro olhei-o pelo espelho e no nosso silêncio vi-o a viajar pela letra da música. Quando vai sozinho no carro vai quase sempre em silêncio de olhar na janela. O que pensará, o que vê, o que sonha? O mundo?! Mãe, o que é um poeta?!

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