Entraste de supetão na nossa
vida. Primeiro foste uma intuição da mãe e depois uma certeza partilhada com o
pai. Foste um medo, foste um susto, foste uma alegria! Por tua causa não fomos
à festa de final de ano, festa de “finalistas”, do Duarte, coitado, estava tão
entusiasmado e acabou por ter de ficar contente com a presença dos avós e dos
manos! Por tua causa mudámos ritmos, mudámos agendas, mudamos presenças,
mudámos espaços e lugares, mudámos, pronto, mudámos! Mudámos o nosso coração de
modo a arranjar espaço para ti e a verdade é que tomaste o teu espaço e fizeste
a tua casa na nossa vida e hoje és nossa como nós somos teus. E hoje o mundo é
mais rico porque tem em ti uma nova esperança, uma nova oportunidade. Hoje o mundo
está mais rico porque tudo em ti é novo, porque nos renovaste e nos fizestes
melhores a partir do teu olhar de bebé que explora o mundo. Sê bem-vinda Maria
Rita. O mundo é teu vive-o, brinca-o, renova-o. Tu és hoje a nossa nova
oportunidade de “Um Mundo Novo”.
Daqui a nada fazes 1 ano. Mais do
que a vontade de escrever, veio-me a urgência de te deixar escrita. Há tantas
coisas que a nossa memória deita fora de forma traiçoeira. Nos últimos dias
voltei a visitar o blog que comecei a escrever quando o Bernardo nasceu. É bom,
bom de mais, ver-vos ali descritos e imagino como será bom um dia quando cada
um de vocês se ler, ler os irmãos, ler a mãe e o pai. Se calhar, espero que
sim, vão conhecer-se melhor e conhecer melhor a nossa família. Assim o espero
e, por isso, para que também tu, Maria Rita, tenhas o teu momento aqui, nestas
linhas, neste blog, volto a escreve-lo.
Daqui a nada fazes 1 ano. Já
fazes tanta coisa, tanta gracinha, tanta brincadeira. És já tão nossa que nem
sei por onde começar. Foste desde sempre a nossa “bebé paz”. Ainda que nos
tenha custado, pai e mãe, horrores voltar a ter um recém-nascido em casa a
verdade é que tu foste o bebé ideal. Um choro fácil de acalmar com a maminha da
mãe que tão bem aproveitaste (nota: mama exclusiva até aos 6 meses e depois com
a alimentação até aos 8 meses). No porta-bebés andavas tranquila e fizemos a
nossa vida familiar sem sobressaltos, ou com os sobressaltos já esperados.
Entre o futsal dos manos e as suas outras atividades, e o MBA do pai, lá fomos
planeando horários, estudando idas e vindas e tudo correu bem. Sempre
aconchegadinha, que a menina não gosta de apanhar frio. Mas, uma peste no carro.
Que raio de choradeira pregavas tu no carro! Lá ia a família toda a cantar “eu
tenho um amigo/ que anda sempre comigo…”. Não houve cólicas nem não houve
febres, lá está, uma bebé tranquila…
Fizemos imensa praia e foi
precisamente, na praia, em Carcavelos, que aprendeste a sentar. Tinhas 6 meses.
Chegávamos cedo, tomavas uma banhoca “chap-chap” dormias uma soneca e
regressávamos a casa. Enquanto isso os manos brincavam, nadavam e comiam bolas
de Berlim, toma! Fizemos esta rica vida durante quase dois meses. Foi um verão
muito bom e muito desfrutado não apenas na praia, mas, como não podia deixar de
ser, na aldeia, nas Avelãs de Ambom, e também fizeste a tua primeira viagem de
avião, rumo aos Açores.
Ainda antes foste batizada. Foi
no dia de aniversário do “mano velho” e ele ficou tão contente. Os tios Carla e
Valter tão orgulhosos do seu novo papel de padrinhos da nossa menina! A família
vestiu-se de festa e tu nasceste de novo na fé que nos une e que dá sentido aos
nossos dias.
Com dois dentes já de fora, que
aqui sim, nos valeram umas belas noites sem dormir, foste tu para a escolinha. Tinhas
quase 8 meses. Foi um misto de emoções regressar ao Pombal. Deste-te muito bem
com as “tias” e ficaste logo em casa ao fim da primeira semana. O pai, que
também gozou de 3 meses extra de licença, saboreou-te até ao tutano. E aos
poucos e poucos a nossa vida lá vai entrando novamente nos eixos, seja lá isso
o que for.
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