Por norma deixo-o brincar livremente. Gosto de o ver vencer obstáculos e “obrigo-o” a tentar antes de lhe dar a mão. Acho que faz parte. Se cai dou-lhe tempo para se levantar sozinho. Há dias esmurrou os joelhos e as feridas davam-lhe um ar divertido de rapazolas! Tentar é uma das melhor partes da vida, em tudo e para todos.
Mas...
Desde que os dias ficaram maiores que costumamos ir ao parque infantil que fica bem perto da escolinha dele. Ele gosta e eu gosto de o ver gostar! Num deste últimos dias dei por mim empoleirada num dos brinquedos tentando salvá-lo já que ele, inconsciente das suas limitações, se enfiava por um pneu abaixo... Lá em cima senti-me ridícula. Eu era enorme e cá em baixo havia olhos e sorrisos estupefactos. Peguei nele e fugi jurando só lá voltar daqui a dois ou três anos...
Já em casa revi a cena (ainda a sentir-me ridícula). Se ele se tem enfiado nos pneus que fazem um túnel até ao chão eu estaria cá em baixo a ampará-lo e mesmo que ele caísse com toda a certeza a queda não seria grande e nem as consequências graves! Mas no momento assustei-me e pronto!
Acredito que o driblar destes dois lados da vida faz parte do ser pai e mãe. Ninguém manda os filhos para a guerra para que se façam homens fortes mas também não os fechamos em casa para que nada de mal lhes aconteça. Dar vida a alguém é permitir que ele exista seja ele. Isto sim é um desafio para toda a vida...
Este ser um mãe/pai moderna/o leva-nos, muitas vezes, a por de lado os conselhos e as práticas das nossas mães, pais, sogras, sogros, tios, avós... porque não leram os livros do Brazelton, porque não têm internet e porque não lêem os blogs das outras mães/pais modernas como nós. Vê-se nas inscrições que fazemos em cursos de preparação para o parto e melhor ainda quando lhes chamam cursos de preparação para a maternidade ou para o nascimento (há-os hoje para todos os gostos). Curso que nos ensinam a dar banhos, a por fraldas, a dar de mamar, a fazer papas. Coisas que as nossas mães aprenderam com as mães delas. Não perdemos uma reunião de pais e fazemos delas espaços de encontro alguns com direito a lanchinho e tudo. Falamos imenso deles, dos nossos e atropelamo-nos em perguntas e respostas. Assinamos, lemos e guardamos religiosamente a “Pais&Filhos”. Bebemos todas as palavras do pediatra e precisamos dos tais percentis para saber que tudo vai bem e que não falhámos em nada.
Mas...
Cada vez mais acredito que somos os primeiros a sofrer as consequências desta modernidade. Não se trata de querer a vida perfeita. Nem tão pouco evitaria a maternidade para fugir a estas pressões e estes dramas. Acredito que muitas vezes os psicólogos, pediatras, pedagogos teorizam coisas que não são compatíveis com a teoria. Hoje dizem-nos que não lhes podemos gritar, que não lhes podemos puxar as orelhas. Dizem-nos que “não” quando na verdade quantas vezes do que eles mais precisam é de um “não”. O meu filho anda na creche desde os 5 meses e eu não me sinto culpada por isso. Eu trabalho, o meu marido trabalha, a minha mãe trabalha, a minha sogra trabalha, o meu sogro trabalha... a vida é assim mesmo e eu não ia deixar de o ter. Egoísmo meu? Não acredito e recuso-me (luto por recusar) aceitar complexos de culpas que não são minhas!!
Mas...
Desde que os dias ficaram maiores que costumamos ir ao parque infantil que fica bem perto da escolinha dele. Ele gosta e eu gosto de o ver gostar! Num deste últimos dias dei por mim empoleirada num dos brinquedos tentando salvá-lo já que ele, inconsciente das suas limitações, se enfiava por um pneu abaixo... Lá em cima senti-me ridícula. Eu era enorme e cá em baixo havia olhos e sorrisos estupefactos. Peguei nele e fugi jurando só lá voltar daqui a dois ou três anos...
Já em casa revi a cena (ainda a sentir-me ridícula). Se ele se tem enfiado nos pneus que fazem um túnel até ao chão eu estaria cá em baixo a ampará-lo e mesmo que ele caísse com toda a certeza a queda não seria grande e nem as consequências graves! Mas no momento assustei-me e pronto!
Acredito que o driblar destes dois lados da vida faz parte do ser pai e mãe. Ninguém manda os filhos para a guerra para que se façam homens fortes mas também não os fechamos em casa para que nada de mal lhes aconteça. Dar vida a alguém é permitir que ele exista seja ele. Isto sim é um desafio para toda a vida...
Este ser um mãe/pai moderna/o leva-nos, muitas vezes, a por de lado os conselhos e as práticas das nossas mães, pais, sogras, sogros, tios, avós... porque não leram os livros do Brazelton, porque não têm internet e porque não lêem os blogs das outras mães/pais modernas como nós. Vê-se nas inscrições que fazemos em cursos de preparação para o parto e melhor ainda quando lhes chamam cursos de preparação para a maternidade ou para o nascimento (há-os hoje para todos os gostos). Curso que nos ensinam a dar banhos, a por fraldas, a dar de mamar, a fazer papas. Coisas que as nossas mães aprenderam com as mães delas. Não perdemos uma reunião de pais e fazemos delas espaços de encontro alguns com direito a lanchinho e tudo. Falamos imenso deles, dos nossos e atropelamo-nos em perguntas e respostas. Assinamos, lemos e guardamos religiosamente a “Pais&Filhos”. Bebemos todas as palavras do pediatra e precisamos dos tais percentis para saber que tudo vai bem e que não falhámos em nada.
Mas...
Cada vez mais acredito que somos os primeiros a sofrer as consequências desta modernidade. Não se trata de querer a vida perfeita. Nem tão pouco evitaria a maternidade para fugir a estas pressões e estes dramas. Acredito que muitas vezes os psicólogos, pediatras, pedagogos teorizam coisas que não são compatíveis com a teoria. Hoje dizem-nos que não lhes podemos gritar, que não lhes podemos puxar as orelhas. Dizem-nos que “não” quando na verdade quantas vezes do que eles mais precisam é de um “não”. O meu filho anda na creche desde os 5 meses e eu não me sinto culpada por isso. Eu trabalho, o meu marido trabalha, a minha mãe trabalha, a minha sogra trabalha, o meu sogro trabalha... a vida é assim mesmo e eu não ia deixar de o ter. Egoísmo meu? Não acredito e recuso-me (luto por recusar) aceitar complexos de culpas que não são minhas!!
(tentei organizar as ideias mas não sei se consegui)
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