7 anos

Grande festa, com muitos amigos, dele e nossos. Um almoço que só acabou lá já perto das nove da noite e foi bom! Apesar disso depois da porta fechada estava do lado de dentro uma sensação estranha de que alguma coisa se passou naquela tarde. Naquela tarde o meu filho cresceu debaixo dos meus olhos. Que impressão isso me fez. Ficou um aperto cá dentro depois de o ver sentado a jogar playtation com a "namorada" sentada em cima do braço da cadeira e a mão dela em cima da perna dele. Uma posição, um gesto, um comportamento muito “morangos com açúcar”. Não gostei, pronto! Eu a ser mãe-galinha? A ser “sogra”? Eu a lutar contra o tempo? Serei isso tudo, se calhar. Mas a verdade é que os dois têm sete anos e, para mim, aos sete anos quando se fala em "namorado" tem de haver sempre aspas na palavra porque namorar, sem aspas, é uma coisa muito maior do que os sete anos podem compreender. Há imitações que podem ter alguma graça e outras que, a meu ver, não têm graça nenhuma porque precipitam as crianças em comportamentos que não podem compreender.