Toda a gente diz que a televisão é uma grande alienadora. Muitos pais e mães usam-na para manter sossegadas as crianças ou para lhes dar de comer. Na grande maioria dos infantários ela serve para acalmar/hipnotizar as crianças até à chegada dos pais e resulta! Tudo muito bem (ou muito mal) e eu cá não sou fundamentalista e já a usei para todas estas funções e até mais algumas se pensar bem nisso. O meu problema não é que isto aconteça. O meu problema é que cá em casa isso quase nunca acontece e em vez de os sossegar ela transforma-se num grande vomitador de ideias para brincadeiras palermas pela casa fora. Tudo começa com o “eu sou este”, “não, esse sou eu, tu é o azul”. E depois das duas uma ou se entendem e cada um é o que tem de ser e começa a brincadeira na vida real sofá acima sofá a baixo. Ou, o que acontece quase sempre, entram naquela lengalenga do “não! sim! não! sim”. Comece como começar acaba sempre da mesma maneira: eu a gritar com eles para que fiquem sossegados!! Isto permite-me dizer que a maior parte dos desenhos animados são palermas. O que se destinam às meninas são pouco diferentes de telenovelas onde há namorados e discussões sobre roupa e protagonismo. Os dos rapazes são demasiado monstrengos e com excesso de raios e curiscos para o meu gosto e depois há os intercalares do zig-zag com adultos a fazer teatros com textos que não lembram a ninguém! Seremos os únicos a proibir o zig-zag aos miúdos? A sério, antes os gormitis!!
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