Uma das coisas que mais se
alteram com a maternidade é, na minha opinião, a relação com o sono. Acontece-me
não ser pessoa de muito dormir. E sou apontada como a culpada de o mesmo se
passar com os meus filhos. O sono e os filhos, os filhos e o sono são um drama
da parentalidade diga-se o que se disser. É porque dormem, é porque não dormem.
Porque na cama dos pais é que é bom, porque à tarde não apetece porque ainda é
cedo e queremos ver mais desenhos animados… há sempre um argumento e uma chatice
e a culpa é sempre do sono. Ora, há uma hora que para mim é sagrada e é a hora
do sofá. Tirem-me lá o que quiserem mas a hora do sofá é que não. Acho que de
certa forma os mais velhos já sabem disto e assim que chegam à cama dormem. A
batalha agora faz-se com o mais novo. É a minha hora da tortura. Aquele vai e
volta e cala-te que já é tarde, e os manos já estão a dormir e se não dormires
vou-me zangar e o sofá lá em baixo e eu a precisar dele e vai daqui que me
zango mesmo e chora e ralha e ralha e chora… e pronto toma lá mais um beijo e
mais uma festa e mais um boneco e mais um mimo e pronto dorme! Fecho a porta,
conto até dez, dormiu. Sofá! Claro que adormeço na maior parte das vezes mas, sabe-me bem o que fazer?! Depois há dias, como de ontem, em que a festa continua, mas aí eu já não estou:
mas porque foi que o trouxeste para a nossa cama?
não trouxe, ele entrou sozinho e eu quando acordei levei-o de volta para a cama dele!
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