20.4.06

o banho

Na água chapinha, canta, inventa. Bate com os pés como na "tanação", faz bolinhas e bebe a água. Com a pá da praia imagina-se a comer sopa: "Olha mãe sopinha!" Conforme cresce os movimentos tornam-se mais livres, soltos, atrevidos. Com o balde da praia atira água por cima da própria cabeça e eu, do lado de fora, não consigo incomodar-me com a água que transborda. Chego a sentir-me invejosa da sua liberdade! Pede a espuma para no cabelo e com a mão cheia dela bate palmas e diverte-se com o efeito do salpicado. De pé e exige o gel na mão e lava o próprio corpo com uma agilidade que surpeende. "O rabo, a piiinha, o vaco (sovaco), perna, pé..." Senta, levanta, deita-se. Agora de barriga para baixo "pa fazê soninho, mãe!" A toalha na minha é sinal que a coisa está para acabar. Começam as reclamações "não qu'ê toalha, mãe, põem em cima". A água já fria não arrefece o entusiasmo. O inveitável acaba por acontecer. O banho acaba e o choro começa. É assim todos os dias...

2 comentários:

Jolie disse...

"Chego a sentir-me invejosa da sua liberdade!" - é que é mesmo isso!!!

Beijos!

scaf disse...

eheh, pois, lá em casa o problema começa quando ela v~e a toalha: "não quéio saíiiiiiii!"
:P

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