19.3.09

Não sei se era por o tempo ser outro ou se nós crianças éramos então muito diferentes. Mais livres, arrisco! A verdade é que me lembro sem magoa maior de ir a correr entregar os desenhos do dia do pai à minha mãe. Imagino agora o que aquilo lhe causaria. Toma mãe, é para ti! Lembro-me de ver os desenhos e outros trabalhos lá por casa numa gaveta. Acho que naquela altura havia menos psicologia e menos pedagogia e não sei se éramos mais ou menos felizes. Também não sei ainda os efeitos que isto causou em nós, filhos! Lembro-me de um dia me terem pedido para escrever uma composição sobre o meu pai. Foi a primeira vez que um destes trabalhos me engasgou. Lembro-me como se agora mesmo mo tivessem pedido. Uma composição sobre o meu pai. Poderia escreve-la agora. Com coisas que me contaram. Poderia escreva-la agora e enche-la do vazio que a sua ausência ainda me causa. Quando o meu pai morreu eu tinha um ano e meio e nunca tive um pai de nenhuma outra espécie.

10 comentários:

Cristina disse...

É um vazio que nos acompanha sempre...

Bjo grande

Cristina

Zuza disse...

e era agora q eu queria um qq smile q traduzisse o abraço em forma de comento q este post me fez querer dar-te.

Mãe da Rita disse...

É por isso que eu nunca peço trabalhos desses, há que ter noção de que nem todos estão acompanhados por pai e mãe. Um beijinho grande para ti. MJ

InêsN disse...

um abraço..

AnaPCarvalho disse...

um pai faz sempre falta! muita !

mas espero que tenhas sentido sempre amor ao teu lado e que continues a sentir

S.A. disse...

(CHUAC...)

Carla Dantas disse...

Muitos Parabéns!

Rita Quintela disse...

Gostei muito. A vida tal como é.

carla disse...

Eu acho que o que me magoava mais em criança era ter um pai vivo, mas que me ignorava, hoje em dia é-me completamente indiferente ele ignorar-me.

Beijocas

Flores disse...

um beijinho (para ti, mas um mto mto gde para a tua mãe)

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