15.1.10

"anda cá para eu falar contigo!"

É "a" frase. Quando ela começa assim já se sabe, vem de lá coisa! Ora é a roupa que quer e não quer vestir ora é o “não quero ir à escola”. Às vezes pergunta em que dia é que pode faltar à escola ou quando é que pode ir ao nosso trabalho ou, ainda, quando é que o vamos buscar à hora de almoço, numa de “pelo menos isso”. Não tenho muitos problemas de consciência sobre a hora que passam na escola. Bem vistas as coisas nem são muitas uma vez que tem actividades fora da escola quase todos os dias. O que explica estes “ataques de nervos” à sexta-feira. É o único dia em que não faz nada fora da escola e dá a ideia que, assim sendo, na sua cabeça não faz sentido ir à escola. É um miúdo esperto e interessado. Gosta de aprender e sabe coisas que nós não imaginamos. Aquela cabeça não pára é o que é! Por isso não sei se é a escola que não o motiva se foi a mudança de educadora que modificou alguma coisa na rotina da sala ou se é mesmo só o cansaço e o querer um dia diferente. Depois, lá está, graças a Deus, são miúdos saudáveis que quase nunca faltam à escola. Hoje a conversa dele começou por aqui. “Estou muito aflito da minha borbulha” (tem uma borbulha/mordida de bicho num dos dedos da mão). Às vezes ainda tenta ter febre!! Ando a ocultar-lhe informação sobre a recém condição de reformada da avó para que não veja isso como mais um argumento. O tema “escola primária” já se vai ouvindo lá por casa mas não o queremos muito assustado com isso. Insistimos nalgumas responsabilidades como o tomar conta das suas coisas ou o cumprir com as tarefas que são dadas, por exemplo. Mas até me custa imaginá-lo sentado numa cadeira a prestar atenção à professora!

1 comentário:

Madame Pirulitos disse...

Pois... também percebo disso!!
Mas eles depois encarreiram (gosto desta expressão!!).

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