9.6.11

queres porrada, pá?!

Há dias estava eu no meio do nosso caos controlado quando me telefona a mãe de um amigo dele. Resumindo a conversa fiquei a saber que o miúdo "cara de anjo" parece que não tem asas na escola e vai de partir para a luta livre nos intervalos. Nem queria acreditar, aliás, nem acreditei muito, diga-se, mas fiquei chateada com a conversa. Parti para averiguações. Ele deu-me a resposta típica de indignação infantil: “Eu???!!!! Eu, não, ele é que me bate e depois eu também lhe bato!”. Daqui parti para a conversa com a mãe de outro amigo. Conversei aqui e ali com diferentes pessoas que com ele convivem e trabalham e reforcei o já sabido. É verdade que ele se esquece volta e meia das asas em casa mas parece que o branco lhe continua a assentar bem. Uma das pessoas com quem falei teve uma reacção que me fez pensar. Perguntou-me ela também indignada mas comigo: “e a mãe está a duvidar do seu filho?” Realmente! Eu sei que ele não é menino de coro, sei que se porta menos bem às vezes e outras um bocadinho mais para o mal mas o que eu tenho a certeza é de que ele é um bom menino. Tenho a certeza de que com todas as nossas falhas de pais ele tem lá dentro do peito aquilo que é para nós o bem. Não sei o que me levaria a ligar para a mãe de outro garoto. Talvez uma situação extrema que não se resolvesse no ambiente escolar, não sei! Mas agora que ouço a conversa à distância aquilo sou-me um bocado a “se fosse meu filho...” Em todo o caso daqui a pouco lá estarei, sem direito a hora de almoço, para conversar com a professora e tentar saber, oficialmente, o que se passa. E com isto tudo fiz mais uma bela viagem aos dias de infância e às lutas no intervalo sabe-se lá bem porquê. Isto de ter sido maria-rapaz ajuda-me nestas alturas. Deus saberá o que fez ao dar-me a guarda de três rapazes!!!

3 comentários:

Paula disse...

se vale de alguma coisa, numa opinião parcial e tendenciosa, é bom menino sim senhora e inteligente e generoso e divertido e giro e é uma criança e está a descobrir o mundo e os outros e isso é um processo complicado e fascinante e às vezes chato e doloroso e assim se cresce. bjs e bom fds

Eva Lima disse...

Já tive uma situação dessas, com uma dita "amiga" e não acabou muito bem: é que não era mesmo verdade, a minha filhota só se defendia. Tal como tu, desconfiei da versão da minha filha.

bjs

Rita Quintela disse...

Tenho tido tantas duvidas em relação a este assunto - até que ponto nos devemos "meter"?

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