30.4.12

de ouvidos abertos


Sou conhecida, pelos que me conhecem mesmo muito bem de ouvir as conversas alheias. Quando tinha 10 anos ia todos os dias, com o meu irmão, 3 anos mais velho, para Lisboa todos os dias. Nessa altura éramos os dois atletas do Sporting e nadávamos na piscina do Areeiro. Íamos e vínhamos de transportes públicos, frequentemente. Conta a minha mãe que todos os dias fazia relatos sobre as conversas que ouvia no comboio ou nos autocarros. É verdade que isto acontecia e ainda hoje acontece, confesso. Posso dizer que tenho um verdadeiro fascínio, que não considero coscuvilhice, atenção, pela vida dos outros. Pelo que pensam, pelo que fazem, pela forma como se relacionam. Ao ouvi-los imagino-os nas suas vidas e dentro da minha cabeça invento imagens, histórias e acontecimento. Acho mesmo que se escrevesse alguns dessas conversas e da forma como as vejo na minha cabeça poderia escrever um livro engraçado sobre a vida de todos os dias. Cruzando histórias, relatos e momentos. É engraçado como as pessoas se abrem umas com as outras muito mais do que se pode imaginar!

Voltei a andar de transportes públicos, o que me dá imenso gozo. Embora tenha sempre comigo um livro, outro prazer que recuperei com as viagens de comboio e metro, voltei a ouvir as pessoas… fazia tão bem a tanta gente ouvir as pessoas nos seus ritmos diários.

1 comentário:

Anónimo disse...

Em pequena tb tinha essa "nóia", agora como não ando mais de transportes é raro... mas percebo esse fashinio :)

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