21.11.07

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Descobriu que se atirar as coisas para o chão há sempre alguém que apanha e alguém que ralha. Ri do nosso não, não, não! e pimba, já está no chão! O irmão apanha, ralha e ameaça que é a última vez, tal como nós e, parece-me, ri ainda mais por ser ele. Adora-o! Onde está? Onde está? Tira sozinho a fralda da cara e ri com alegria.
Senta-se à mesa connosco já de barriga cheia e não dispensa um pão ou uma bolacha. Já vai experimentando algumas coisa da mesa dos crescidos. Ser o segundo abre-nos as vistas. Começa a bater palminhas e eu reencontro o entusiasmo das descobertas. Afinal com o segundo há coisas que nunca mudam. Vamos dançar? Estica a mão não sei se pela música se pela mão. Mas estica.
Hoje quando o deixei na escolinha e nunca sou eu quem o deixa pude assistir e confirmar os relatos diários do pai quando diz: atirou-se para o colo da educadora! Dá uns abraço de derreter. Desde sempre os deu. Uma forma tão especial tão dele de se aconchegar no nosso colo que só apetece tê-lo alí para sempre. Gostei de o ver assim no colo da educadora. Gostei de o sentir bem entregue.
No chão vira e mexe, remexe e revira-se. Não é obstinado e facilmente troca um brinquedo que está longe por outro mais perto. Mas brinca e diverte-se e é o que conta. Enfurece-se quando algum lhe é trado das mãos. E faz um beicinho lindo de quem não gostou da atitude seja ela de quem for. Também chora quando fica sozinho por alguma razão. Gosta de colo, claro! Não gosta é que o ponham no chão antes do mimo acabar. Mesmo assim é sempre um bebé facil de consolar e reramente chora sem razão aparente.
Com o biberon tem um beber vagaroso independentemente da tetina. Gosto da forma como brinca com os meus cabelos quando bebe o leite. Os cabelos são, aliás, uma constante na forma como brinca connosco. Brinca com os do pai quando fica na nossa cama na ronha da manhã. Brinca com os do irmão quando deitados lado a lado no chão ou sempre que o apanha por perto. Isto acontece muitas vezes. Sentado na cama de grades assiste aos concertos de piano do irmão e, agora, quase sempre tenta pôr-se de pé agarrado às grades. Ainda não conseguiu mas por certo conseguirá. Já deu o primeiro trambolhão. Uma queda lenta e silenciosa que quase me passou despercebida. Sentado na espreguiçadeira, solto(!), esticou-se para a frente de tal forma que chegou com as mãos ao chão e aterrou de cara na máquina de lavar roupa. Estava sentado mesmo em frente a ela como quem assiste a um filme nas cambalhotas da tomba da máquina. Gosta tanto como gostava o irmão. E por falar nisso comparo datas e textos já escritos e percebo que têm gostos semelhantes e ritmos diferentes.

3 comentários:

Mar disse...

:)

Zuza disse...

:))

aqui TUDO foi/é diferente ;))

ainda ontem o Zuzo comentava, "seria possível elas serem mais diferentes?" Nããããã!

ddm disse...

Parabéns! :)

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